Durante a pior fase da pandemia de Covid, o medo e a incerteza dominou todo o país. Na economia, presenciamos o início de uma crise em diversos segmentos, preocupando o Governo e a população. Um dos mercados que até agora se tem mantido inalterado é o imobiliário, dando destaque aos imóveis de luxo.
Este é um dos setores mais rentáveis de Portugal que driblou as más previsões, e ainda se mantém aquecido. E acredite, mesmo em tempos de crise aumentou a procura por este tipo de imóveis em terras portuguesas.
Para entender os motivos que levaram a este cenário, continue a leitura do artigo de hoje, dedicado totalmente ao assunto.
Imóveis de luxo: Como o mercado imobiliário de luxo se mantém aquecido mesmo em tempos de crise?
Mesmo com todas as preocupações e desafios surgidos pelo cenário da pandemia global, o mercado imobiliário continua resistente. Existe um segmento que tem chamado à atenção pelos sinais positivos de recuperação. Trata-se do mercado de imóveis de luxo.
Como é possível explicar esta tendência de crescimento pela procura destes imóveis, especialmente nos dias de hoje? Na verdade, este movimento pode ser explicado por dois motivos.
O primeiro refere-se às melhorias implementadas pelo setor imobiliário em tecnologia, serviços multimédia e qualidade das publicações online.
A adoção de recursos tecnológicos mais avançados durante a pandemia fez expandir e fortalecer as redes de contactos de quem trabalha com negócios imobiliários.
A adoção de novas tecnologias que possibilitam, por exemplo, visitas virtuais, 3D ou vídeos, contribuíram para uma melhor qualidade da publicação online. Tornaram-se assim ferramentas imprescindíveis, especialmente para o mercado residencial de luxo.
Soma-se a isso o impacto da marca Portugal no mercado externo, no que diz respeito à estabilidade política, qualidade e custo de vida, que atrai inúmeros investidores do mundo inteiro. Temos, então, um terreno fértil para a procura por este tipo de imóveis.
E se antes da pandemia o principal público interessado nas casas de luxo eram os estrangeiros, atualmente há um equilíbrio. Os imóveis já começam a ser procurados pelos próprios portugueses.
Este cenário reforça a confiança tanto dos portugueses, como dos estrangeiros, na solidez do mercado imobiliário de Portugal.
O segundo motivo pode ser explicado pela mudança no comportamento das pessoas durante a pandemia. O confinamento transformou drasticamente a relação que temos com as nossas próprias casas.
Os imóveis ganharam uma importância nunca vista no que diz respeito à qualidade de vida. No mercado imobiliário isso refletiu-se na maior procura por casas longe dos grandes centros, com mais espaço interior e exterior.
Regiões próximas dos centros urbanos de Lisboa, Cascais e Oeiras, como Malveira da Serra, Azóia, Troia e Azeitão são locais onde se intensificou a procura.
Estas são localizações que oferecem muita tranquilidade e privacidade. As casas são maiores, muitas delas moradias, e com bastante espaço exterior. E isso vai ao encontro das preferências atuais de grande parte da população.
E essa transformação não atingiu somente o mercado convencional, mas também o de luxo. Características como espaço interior e exterior tornaram-se fatores determinantes para a escolha dos compradores.
Mas e os preços dos imóveis de luxo, sofreram alguma queda?
Uma queda nos preços também seria uma explicação plausível para o aumento da procura neste mercado, porém, isso não ocorreu.
Não foram verificadas quedas acentuadas nos preços, que têm uma certa estabilidade desde 2019. E, de acordo com especialistas, o preço de mercado nas zonas prime deve manter-se estável e sem previsão de desvalorização.
Há quem diga até que será possível verificar uma ligeira subida nos preços num futuro próximo, o que se justifica pela realidade que estamos a viver.
Profissionais deste segmento encaram com otimismo este movimento do mercado, e os bons resultados devem manter-se especialmente com o início da vacinação.
Mas, num período que foi marcado por tantas mudanças, é interessante continuar a acompanhar de perto as transformações do mercado de imóveis de luxo, sem fazer muitas previsões futuras.