Crédito habitação 2022 Saiba quais foram as principais alterações

Crédito habitação 2022: Saiba quais foram as principais alterações

Sabia que há novas regras e, consequentemente, novos prazos para o crédito habitação 2022? É isso mesmo!

As novas medidas entraram em vigor no dia 1 de abril, e mudaram significativamente alguns pontos para a concessão do crédito habitação

O Banco de Portugal reviu a recomendação de 2018 sobre a maturidade dos novos contratos de crédito para comprar casa e fixou novos prazos, consoante a idade dos mutuários. Esta medida veio, assim, limitar o prazo máximo possível do empréstimo.

Com isso, a concessão deste crédito vai ficar mais restrita, com o encurtamento dos prazos de pagamento em função da idade.

Ainda não conhece as novas regras? Continue a leitura para saber tudo o que precisa sobre as novas mudanças do crédito habitação 2022.

Quais foram as principais mudanças do crédito habitação 2022?

As novas recomendações do Banco de Portugal que impõe novos limites à maturidade máxima dos novos créditos à habitação já estão em vigor.

Neste sentido, foi decretado que, para clientes com idade superior a 35 anos a maturidade do crédito deve ser no máximo de 35 anos.

Já para clientes bancários com idade superior a 30 anos e inferior ou igual a 35 anos, a duração máxima do crédito deve ser de 37 anos.

E, os créditos até 40 anos passam a ser possíveis só para clientes com idade inferior ou igual a 30 anos.

E porquê todas estas mudanças?

O objetivo é garantir que, por volta dos 70 anos de idade a dívida já esteja completamente saldada.

O regulador bancário tem, ainda, outra meta com estas alterações.

A ideia é “puxar” a maturidade média dos novos contratos para os 30 anos.

Mas, o que é que isso significa para os clientes? Na prática, se têm menos meses para pagar, vão ter de assegurar uma prestação mais alta.

Prazos mais curtos significam prestações mais altas

Sem dúvida que esta será uma realidade para os novos contratos de crédito habitação 2022 e referente aos anos adiante.

Por exemplo, um consumidor de 35 anos, vai deixar de poder contratar um crédito a 40 anos, passando este limite máximo a 37 anos.

Com isso, vai pagar mais 16,84 euros de prestação mensal por cada 100 mil euros de empréstimo, considerando um financiamento com um spread de 1% e indexado à Euribor a 12 meses.

Para este cenário, considerando os valores atuais da Euribor, este é o custo da redução de três anos na maturidade máxima.

Com a subida gradual de juros que temos observado, tendo reflexo direto na Euribor, a diferença a pagar a cada mês tende a ser cada vez maior.

Para quem esteja no limite da taxa de esforço, as prestações mais altas podem condicionar a aprovação do crédito.

Porém, quanto mais longo for o prazo de reembolso do empréstimo, mais demorada se torna a amortização de capital e mais juros o consumidor acaba por pagar.

E ainda há outro risco. Trata-se do prolongamento do crédito para lá da idade da reforma. Fase em que, por norma, se verifica uma diminuição nos rendimentos.

Segundo o Banco de Portugal, esses limites foram definidos com um duplo objetivo.

Por um lado, evitar que as instituições assumam riscos excessivos na concessão de crédito.

E, consequentemente, promover o acesso dos consumidores a um financiamento adequado, minimizando o risco de incumprimento.

Portanto, se deseja comprar casa através do crédito habitação, deve considerar todas estas mudanças. E lembre-se: planear com atenção o orçamento evita que seja surpreendido no futuro!