A minuta de reserva de imóvel é um dos primeiros documentos que formalizam o interesse de um comprador em adquirir uma casa. No mercado imobiliário português, este documento tem vindo a ganhar cada vez mais relevância. Especialmente em cenários de elevada procura, em que garantir a reserva do imóvel pode ser determinante.
Vamos explicar-lhe como funciona este documento e quando é indicado utilizá-lo. Também vai saber que cuidados deve ter para evitar dores de cabeça futuras.

1 – Por que razão a minuta de reserva de imóvel é tão importante?
A minuta de reserva de imóvel é um acordo preliminar que indica a intenção de comprar e vender um imóvel. Geralmente, é acompanhada pelo pagamento de um sinal, para garantir que o imóvel será retirado do mercado por um determinado período.
Segundo a APEMIP, este tipo de documento está a ser cada vez mais utilizado em negociações formais, mesmo antes do contrato-promessa. Este documento ajuda a assegurar o interesse mútuo e dá tempo para reunir a documentação necessária ou obter o financiamento.
No atual cenário do mercado imobiliário português, marcado por uma grande competitividade, a reserva pode ser essencial para concluir bons negócios. De acordo com o Jornal de Negócios, o número de reservas aumentou em 2024, impulsionado pela subida dos preços e pela maior procura de imóveis em zonas urbanas.
2 – Que informações deve conter uma minuta de reserva?
Apesar de se tratar de um documento simples, a minuta de reserva de imóvel deve conter cláusulas bem definidas. Veja o que não pode faltar:
- Identificação das partes envolvidas (comprador e vendedor);
- Identificação do imóvel (morada, descrição e número da caderneta predial);
- Valor da reserva e forma de pagamento;
- Prazo de validade da reserva;
- Condições para devolução ou perda do sinal;
- Declaração de intenção de formalizar o CPCV.
Pode ainda incluir cláusulas específicas, como a obrigatoriedade de entrega de documentos ou a realização de uma vistoria.
3 – Quando é que vale a pena assinar uma minuta de reserva?
A minuta de reserva de imóvel é útil quando o comprador quer garantir o imóvel, mas ainda precisa de tempo para:
- Obter aprovação do crédito habitação;
- Analisar a documentação completa do imóvel;
- Concluir a venda de outro imóvel para financiar a compra;
- Reunir os documentos para o CPCV.
Trata-se de uma forma legal de assegurar tempo e exclusividade na negociação, sem comprometer o negócio de imediato.

4 – Cuidados essenciais antes de assinar
Apesar de ser uma prática comum, é importante ter em conta os seguintes pontos:
- Peça ajuda a um advogado ou consultor imobiliário para analisar o documento;
- Confirme se o imóvel está legalizado e se está livre de encargos;
- Verifique se o valor da reserva é proporcional ao valor total do imóvel;
- Exija um recibo do sinal pago;
- Estipule prazos claros e objetivos no documento.
Se alguma das partes não cumprir o acordado, o sinal pode ser perdido, ou ser devolvido em dobro, conforme previsto no Código Civil português.
5 – Dúvidas comuns sobre o documento da casa
A minuta de reserva substitui o contrato-promessa de compra e venda?
Não, a minuta é um documento preliminar, enquanto o CPCV é juridicamente mais robusto e vinculativo.
É obrigatório pagar um sinal ao assinar a minuta de reserva de imóvel?
Na maioria dos casos, sim. O sinal é o que garante o compromisso e a exclusividade da reserva.
Posso desistir após assinar a minuta?
Sim, mas pode perder o sinal pago. O ideal é analisar bem o imóvel e as condições antes de assinar a minuta.
Quem redige a minuta de reserva?
Geralmente, é redigida pela agência imobiliária, mas deve ser revista por ambas as partes ou pelos seus representantes legais.
A minuta de reserva de imóvel é uma grande aliada para quem deseja comprar casa com segurança e organização. Quando bem elaborada, protege as partes envolvidas e garante um início estruturado da negociação.
Se pretende comprar ou vender um imóvel com confiança, conte com o apoio da equipa da RE/MAX Urban. Estamos prontos para o acompanhar em todo o processo, com transparência e profissionalismo.