A arquitetura é um campo bastante dinâmico e, por isso, surgem sempre novas tendências e abordagens. A neuroarquitetura é uma destas correntes inovadoras que têm ganho cada vez mais espaço.
Os projetos baseados neste conceito são capazes de promover uma forma inteligente de criar ambientes mais humanizados.
No artigo de hoje vamos explicar com mais detalhes a abordagem da neuroarquitetura, e como ela pode ser aplicada.
Neuroarquitetura: Conheça o conceito e como aplicá-lo em projetos modernos
A neuroarquitetura reúne conceitos tanto da arquitetura como da neurociência. Esta última explica que o nosso cérebro responde de diferentes formas quando somos expostos a alguns estímulos.
Neste sentido, o ambiente em que estamos é um dos principais fatores que influenciam o nosso comportamento e reação do cérebro.
Por isso, a forma como um espaço é construído e organizado é fundamental para o nosso desenvolvimento cognitivo e a forma como interagimos com o mesmo.
Isto porque os estímulos externos fazem com que o cérebro estabeleça mecanismos para produzir hormonas necessárias para desenvolver certas emoções.
Portanto, usar de forma correta elementos como iluminação, texturas, formas, cores, ventilação, cheiros e som estimulam o cérebro a realizar sinapses que resultarão nas mais variadas sensações.
1 – O impacto da neuroarquitetura no bem-estar
Sabendo que os estímulos externos podem provocar sensações e emoções distintas, através da neuroarquitetura é possível impactar de forma positiva o dia a dia das pessoas e melhorar a qualidade de vida.
Ou seja, trata-se da aplicação da neurociência aos espaços construídos, visando compreender como a arquitetura afeta o cérebro e, consequentemente, os comportamentos humanos.
Assim, os conceitos desta vertente da arquitetura podem ajudar a, por exemplo, melhorar a produtividade, humanizar ambientes de trabalho, melhorar a aprendizagem e até mesmo na recuperação da saúde.
Isto porque a neuroarquitetura não se restringe apenas aos espaços internos, podendo ser aplicada em áreas externas, fachadas e obras urbanísticas.
Do mesmo modo, é possível utilizá-la na criação de ambientes residenciais, corporativos, comerciais, escolares, hospitalares, entre outros.
2 – Aplicações práticas da neuroarquitetura
Para que todo o conceito não pareça muito abstrato, resolvemos demonstrar através de alguns exemplos práticos as aplicações da neuroarquitetura.
Luz natural
No geral, ambientes em que predomine a luz natural, proporcionam a sensação de conforto e aconchego, de forma a que as pessoas se sintam mais próximas à natureza.
Portanto, ao projetar os espaços, o arquiteto vai priorizar o posicionamento estratégico de portas e janelas para favorecer a incidência de luz solar.
Uso das cores
A escolha das cores também é outro fator essencial para despertar sentimentos e emoções.
O vermelho, amarelo, laranja e pink, por exemplo, transmitem mais energia e vivacidade.
Em contrapartida, o branco, o azul claro e verde-menta trazem a sensação de paz e tranquilidade.
Ergonomia
A ergonomia trata da interação do indivíduo com o ambiente e tem como objetivo aperfeiçoar a execução das atividades, proporcionando conforto e produzindo qualidade de vida.
Por isso, ela é um fator essencial na neuroarquitetura, não somente de ambientes de trabalho, onde é mais comum, como em qualquer outro.
Elementos da natureza
Além de já ser uma tendência forte nos projetos de decoração e arquitetura atuais, a presença de espaços verdes é indispensável para promover sensações de relaxamento, bem-estar e conforto.
Projetos de paisagismo também nas áreas internas, decoração com plantas, mesmo que pequenas, fazem uma grande diferença.
Ventilação
Assim como a presença de luz natural, o uso adequado da ventilação natural promove um ambiente saudável, agradável e confortável.
Um local mal ventilado e com pouca circulação de ar pode transmitir a sensação de confinamento, o que não é interessante em qualquer ambiente.
A neuroarquitetura envolve conceitos de iluminação, acústica e visual para promover o bem-estar nos ambientes. Por isso, certamente os projetos serão cada vez mais adequados a essa nova visão dos espaços.