As tendências do mercado imobiliário impactam a economia de qualquer país. E, em Portugal não é diferente.
Muito pelo contrário. Afinal, o nosso País é um dos principais destinos de quem procura uma casa para viver. E este “boom” do setor imobiliário português tem-se intensificado ano após ano.
Por essa razão, muitos acreditaram que, com o aparecimento da pandemia da Covid-19, o segmento sofreria sérias consequências. Esperava-se uma diminuição na procura por casas e uma redução dos preços, mas tal não aconteceu.
O que se viu foi o oposto. Tanto que, em 2021, os preços dos imóveis continuaram a subir, graças à elevada procura que se tem observado no setor imobiliário em Portugal.
Mas qual será o futuro deste segmento nos próximos anos? Partilhamos consigo alguns pontos que achamos importantes avaliar, de modo a ter uma ideia do panorama a longo prazo. Continue a ler!
As tendências do mercado imobiliário são guiadas pelo aspeto macroeconómico e pela preferência dos consumidores
A evolução do preço dos imóveis está intrinsecamente associado aos fatores macroeconómicos do país, bem como à preferência dos consumidores.
Dentro de todo este contexto podemos citar alguns aspetos que influenciam diretamente a tendência deste segmento em Portugal. De seguida, listamos os principais que deve conhecer.
Digitalização da procura por casas
A pandemia contribuiu para a intensa aceleração da digitalização dos processos imobiliários. Isto em todo o mundo.
O segmento precisou de se adaptar rapidamente às mudanças. Sendo assim, comprar uma casa sem visitá-la presencialmente tornou-se algo muito comum.
Deslocação geográfica
Outra forte tendência a observar é a deslocação geográfica na procura de imóveis. Ou seja, há muito investimento em casas fora dos grandes centros urbanos.
Dessa forma, podemos dizer que as principais razões para esta mudança de comportamento são a necessidade de conforto e também a procura por uma habitação mais barata. Afinal, sabemos que nos grandes centros os preços chegam a ser exorbitantes.
Casa conectada é uma das tendências do mercado imobiliário
A evolução tecnológica trouxe muitos avanços para todas as áreas. Isto é um facto. E, nesse sentido, o setor imobiliário não ficou de fora.
Atualmente, existe uma procura cada vez maior de “casas inteligentes” no mercado. Estas contam com recursos avançados e inovadores, que integram os ambientes tecnologicamente, de modo a facilitar a rotina de todos os moradores.
Aumento da inflação
O aumento da inflação visto em todo o continente europeu pressiona as taxas de juros. Não é em vão que o Banco Central Europeu anunciou o aumento destas taxas.
E, isso afeta diretamente a capacidade aquisitiva das famílias. Sendo assim, com as poupanças mais deterioradas, o investimento em imóveis passou a ser ainda mais considerado.
Custos para a construção de habitações
Esta é uma das tendências do mercado imobiliário que está a afetar diretamente o setor. Afinal de contas, o preço das construções subiu em média 13,5%, segundo alguns dados.
Isto aconteceu devido ao aumento de preço dos materiais de construção e da mão de obra especializada. Sendo assim, isto acaba por afetar diretamente o valor final dos imóveis.
Redução do prazo do crédito habitação foi uma das tendências do mercado imobiliário
Por fim, podemos dizer que a redução do prazo do crédito habitação vai fazer com que alguns compradores, principalmente os mais jovens, redirecionem a sua procura para o mercado de arrendamento.
Esta é a consequência por não conseguirem assumir um crédito à habitação com os novos prazos estipulados pelo Banco de Portugal.
Isto porque a maturidade média dos contratos passou de 33,2 anos em 2020 para os 30 anos no final de 2022.
O mercado imobiliário está sujeito a diversas nuances. Por isso, antes de investir é importante avaliar o cenário atual, de modo a garantir o melhor negócio para si e para o seu bolso.